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MINHA TRAJETÓRIA COMO TRADUTORA

MINHA TRAJETÓRIA COMO TRADUTORA

O primeiro pilar da formação de um tradutor é o domínio de sua língua materna. Sem isso sequer é possível aprender bem uma língua estrangeira.

É assim que devo agradecer aos meus professores de Português pelos infindáveis exercícios de Análise Gramatical, de Análise Sintática, de leitura, de redação e pelo estudo de História da Literatura Portuguesa, entendida não apenas como a de Portugal.

O segundo pilar é um sólido conhecimento da sua segunda língua.

De novo devo agradecer, agora aos meus professores de Francês por me ensinarem cantando e ouvindo canções francesas, falando poesias ou com pequenas brincadeiras, pelos exercícios todos, pelos teatros em sala de aula e também por nos conduzirem através da Literatura Francesa.

Essa mesma base me foi dada em Inglês mas aqui entram outros fatores. Vou abordar apenas o cultural porque esse pode ser considerado um terceiro pilar.


O interesse por tudo o que envolve os idiomas - arte, cultura, história, filosofia, todas as manifestações do Humano. Isso amplia o espectro de atuação do tradutor, proporcionando-lhe uma extensão maior de vocabulário e a possibilidade de traduzir além das palavras literalmente compreendidas.

Em relação à língua materna, o universo cultural nos envolve. Cabe ao indivíduo fazer as conexões que lhe são significativas.

Em relação à segunda língua, é preciso um esforço maior. Recomenda-se mesmo uma temporada no país, ou nos países, em que essa língua é falada.

E lá fui eu para a França!

Matriculei-me na Aliança Francesa de Paris e ali, sim, passei por uma imersão na língua e na cultura francesas.

Além das várias aulas de Língua Francesa, acompanhei séries de cursos e palestras paralelos sobre Arte e Cultura. E, mais incrível ainda, alguns desses cursos incluíam visitas a museus ou até mesmo observação de obras de arte nas ruas parisienses.


Voltei com alguns diplomas de Língua Francesa falada e escrita e um "très chic" de Estudos Franceses Superiores.

Essa experiência agregou valor às atividades que eu já exercia dando aulas de Francês e traduzindo. E a minha posterior formação em Arte Educação e em Arte Terapia são outros dos muitos lados de quem eu sou hoje.

Está faltando alguma coisa?

Sim! O estudo do Latim!

E mais agradecimentos: às horas estudando as declinações, tradução e versão - sério! - Literatura Latina e à organização mental que um tal estudo proporciona.

Já adivinharam em que época eu estudei, não é?

Quem pensou antes de 1964 acertou!

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